Ficha intermediária inclui câmera dupla de até 64 MP e armazenamento de 128 GB. Bateria impressiona pela autonomia de até três dias.
O Motorola One Hyper cumpre a promessa de trazer uma câmera de respeito a um celular intermediário: o sensor principal tira fotos de 64 MP. O sensor de selfies de 32 MP chama ainda mais a atenção: ele vai e vem conforme a necessidade do usuário, devido a um mecanismo engenhoso e pouco comum. O smartphone chegou ao mercado pelo preço sugerido de R$ 2.499, mas hoje em dia já é visto na faixa de R$ 1.700. O belo desconto de quase R$ 800 tem feito muitos fãs da Motorola se perguntarem: será que o One Hyper vale a pena?
O TechTudo testou o celular, que tem ficha técnica com processador Snapdragon 675 (octa core), 4 GB de memória RAM e armazenamento de 128 GB, além da tela imersiva de 6,5 polegadas. Conheça os altos e baixos nas linhas a seguir.
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Motorola One Hyper em review: celular com câmera deslizante impressiona — Foto: Rubens Achilles/TechTudo
Câmera de alta resolução e sensor deslizante
O Motorola One Hyper traz uma câmera dupla de respeito. O sensor principal, de 64 MP e abertura f/1.8, captura fotos de altíssima resolução, permitindo cortes e ampliações posteriores sem perda de detalhes. A segunda lente é uma ultra wide de 8 MP, útil para fotos de grupos ou em ambientes apertados. A desvantagem do conjunto é a ausência da estabilização óptica de imagem.
As imagens da câmera principal são capturadas em 64 MP, e o celular se utiliza da tecnologia Quad Pixel para aproveitar a capacidade do sensor e entregar imagens de qualidade em 16 MP. Ainda é possível ativar o modo Ultra-Res e tirar fotos efetivamente com maiores dimensões, em 64 MP.
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Motorola One Hyper têm modo que permite ampliações sem perda de detalhes — Foto: Rubens Achilles/TechTudo
O menu do aplicativo de câmera traz ainda opções como o modo Night Vision, característica marcante do Motorola One Vision que permite fotos aprimoradas em ambientes de baixa luminosidade. Nos testes do TechTudo, o recurso produziu resultados bastante satisfatórios. Ao utilizar o modo, é preciso segurar o celular com as mãos firmes por alguns segundos para que a imagem não saia tremida.
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Foto tirada com o modo Night vision do Motorola One Hyper — Foto: Rubens Achilles/TechTudo
Na imagem acima, é possível notar um certo equilíbrio entre os tons mais escuros e mais claros. A imagem, no entanto, não está livre ruídos gerados pela falta de iluminação. Abaixo, uma foto da mesma situação sem o modo Night Vision, em que os tons mais claros ficam “estourados” e as sombras são bem menos visíveis.
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Foto tirada sem o modo Night Vision do Motorola One Hyper — Foto: Rubens Achilles/TechTudo
Um dos maiores destaques do One Hyper é o sensor frontal retrátil, que abre apenas quando a câmera de selfies é ativada. Com ele, a tela fica livre de notches ou furos como os vistos no One Action e no One Vision, que podem ser um incômodo para alguns usuários.
O sensor tem 32 MP, abertura f/2.0, e também conta com o modo Night Vision, que não deixa a desejar para o recurso da câmera principal. A característica de um sensor frontal retrátil é comum em smartphones chineses, e a Motorola promete a durabilidade por até três anos. No entanto, ainda há muitas dúvidas sobre o real comportamento do recurso a longo prazo.
A primeira impressão sobre o sensor pop-up é de um risco extra, já que a câmera fica para fora do corpo do smartphone e eventuais batidas poderiam danificá-lo. O celular possui, no entanto, um sensor de quedas que fecha a câmera retrátil automaticamente ao perceber que o aparelho está caindo. O recurso funciona bem, mas não protege contra eventuais batidas em superfícies que não sejam originadas por uma queda. Ainda assim, o consumidor passa a contar com uma tela sem obstruções.
O conjunto de câmeras vem acompanhado de diversos modos úteis, como a composição inteligente, que ajusta as imagens da câmera traseira para obter um melhor enquadramento, ou o detector de sorrisos, que captura a foto no momento em que todos estão sorrindo. O desfoque do modo retrato é feito por software e deixa a desejar, cometendo erros com cabelo ou cores similares.
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Desfoque por software do Motorola One Hyper comete erros na área do cabelo — Foto: Rubens Achilles/TechTudo
A inteligência artificial da câmera ainda sugere modos específicos para certas situações, como o Night Vision em situações de baixa luminosidade e o modo retrato ao detectar um rosto. Ponto também para a captura de vídeos, que permite gravação em câmera lenta ou com resolução 4K.
Bateria com carregador rápido
Celulares que têm a bateria como um dos seus pontos principais podem deixar a desejar em outros recursos importantes, mas esse não é o caso do One Hyper. O componente de 4.000 mAh e o carregador de 45 W que acompanha o telefone são excelentes aliados no dia a dia, mesmo em um smartphone que vende a câmera como um de seus principais componentes.
Ao realizar tarefas do dia a dia, incluindo aplicativos de redes sociais como WhatsApp, Instagram e Twitter e a captura de fotos com a câmera, a bateria chegou a durar até três dias sem conectar ao carregador. O desempenho não foi o mesmo em períodos de uso prolongado da tela ou do processamento em jogos como Call of Duty Mobile ou apps de entretenimento como a Netflix. O usuário médio não deve ter problemas neste quesito, no entanto.
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Motorola One Hyper tem carregamento rápido que leva bateria a 100% em uma hora — Foto: Rubens Achilles/TechTudo
Em relação à recarga rápida, o celular demorou 20 minutos para chegar a 50%, e uma hora para atingir 100%. A desvantagem evidente é que o recurso só funciona com o carregador original, que tem potência de 45 W. O Hyper já está adaptado à tendência das portas USB-C.
Tela de 6,5″ sem obstruções
A tela de 6,5″ com formato 19:9 e resolução Full HD+ também é um atrativo do Motorola One Hyper. Usuários com mãos pequenas ou acostumados com telas mais largas podem estranhar, mas a adaptação é rápida e o comprimento se torna ideal para jogos, filmes e outras atividades que pedem mais espaço.
O painel de LCD entrega belas cores e não decepciona. Ao ver filmes ou jogar com a tela na horizontal, no entanto, o som vem de apenas um dos lados, pelo alto-falante inferior. Para obter som estéreo, é necessário utilizar fones de ouvido. Um obstáculo em certos momentos é o sensor de luz ambiente, que escurece a tela mesmo em locais claros, caso seja projetada uma pequena sombra sobre ele.
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Motorola One Hyper: tela de 6,5 polegadas, resolução Full HD+ e nenhum notch — Foto: Thássius Veloso/TechTudo
Um fator do design que pode incomodar alguns usuários é a diferença no tamanho das bordas superior e laterais para o queixo. Nos testes do TechTudo, aliás, não foi raro pressionar a tela sem querer ao simplesmente segurar o celular, por conta das bordas laterais finas.
Um ponto fraco do smartphone é o peso de 210g, acima da média para celulares desse porte — o Moto G8 e o One Action, que possuem tamanhos similares, têm pesos abaixo dos 190g. O Motorola One Hyper está disponível nas cores azul oceano, vermelho âmbar e rosa boreal.
Desempenho não decepciona
O processador Snapdragon 675 (octa-core de até 2,0 GHz) e a GPU Adreno 612 não fazem feio. Com 4 GB de memória RAM, o Motorola One Hyper teve desempenho em jogos além do esperado, rodando títulos como o Call of Duty Mobile sem maiores problemas. Aplicativos populares como WhatsApp, Instagram, Twitter e Netflix também não apresentaram travamentos.
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Desempenho do Motorola One Hyper não deixa a desejar — Foto: Rubens Achilles/TechTudo
O leitor biométrico traseiro também é rápido ao desbloquear o celular. Como a câmera de selfies fica fechada, não é possível configurar desbloqueio por reconhecimento facial, recurso disponível em outros telefones da Motorola.
O armazenamento também é um ponto positivo do Motorola One Hyper. Com 128 GB de memória interna e possibilidade de expansão com cartão microSD de até 1 TB, até os usuários mais exagerados em fotos, vídeos e downloads devem ter espaço de sobra.
Motorola One Hyper vale a pena?

Motorola One Hyper: saiba tudo sobre o celular
A câmera pop-up do Motorola One Hyper pode despertar a curiosidade dos consumidores. A característica é novidade no mercado brasileiro, e ainda não é possível dizer muito sobre a durabilidade e o funcionamento a longo prazo do mecanismo. A fabricante tenta anular os riscos com um sensor para quedas. Ele funciona bem, mas usuários mais desastrados ainda podem ficar receosos.
A bateria com duração bastante satisfatória e carregamento rápido merece elogios. Embora restrita ao carregador Hyper original, a alta velocidade leva o celular a 100% da carga em apenas uma hora. O conjunto de câmeras como um todo também é respeitável, acima da média em smartphones com ficha técnica intermediária.
O preço sugerido de R$ 2.499 pode assustar consumidores que buscam uma boa opção de custo-benefício, mas o celular já é comercializado por pouco mais de R$ 1.700 no varejo nacional. Outros telefones entregam algumas das funções do One Hyper por menos, mas o smartphone se destaca por combinar componentes de qualidade em um modelo intermediário. Com descontos de quase R$ 800, é possível dizer que o One Hyper vale o que cobram.
Quem quer gastar ainda menos mas pretende arrasar nas fotos deveria ficar de olho no Motorola One Vision (a partir de R$ 1.500) ou ainda no Moto G8 Plus (cerca de R$ 1.440). O Galaxy A50, da Samsung, costuma ficar na mesma faixa do One Hyper ou até menos quando há promoção. O aparelho também entrega um conjunto fotográfico interessante e tem bateria de 4.000 mAh.
Motorola One Hyper leva nota 8,5 no review do TechTudo
Prós – Conjunto fotográfico de respeito, bateria com recarga rápida e tela imersiva / Contras – Durabilidade questionável do sensor pop up e peso acima da média.Design8Desempenho8Tela8Câmera9Bateria9.50
Ficha técnica do Motorola One Hyper
- Tamanho da tela: 6,5 polegadas
- Resolução da tela: Full HD+ (2340 x 1080 pixels)
- Formato: 19:9
- Painel da tela: LCD
- Câmera principal: dupla, 64 e 8 megapixels
- Câmera frontal (selfie): 32 megapixels
- Sistema: Android 10
- Processador: Snapdragon 675 (octa-core de até 2,0 GHz)
- Memória RAM: 4 GB
- Armazenamento (memória interna): 128 GB
- Cartão de memória: microSD de até 1 TB
- Capacidade da bateria: 4.000 mAh
- Telefonia: nano SIM
- Dimensões e peso: 161,8 cm x 76,6 cm x 8,9 mm; 210 g
- Cores: azul oceano, vermelho âmbar e rosa boreal
- Início das vendas no Brasil: dezembro de 2019
- Preço de lançamento: R$ 2.499
- Preço atual: cerca de R$ 1.700